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São mesmo os 30 anos os novos 20?
Sou uma leitora assídua não só de livros, como de jornais e adoro as crónicas do "P3"..por isso, deixo-vos aqui excertos da mais recente que me prendeu:
"O amor a sério perdeu-se na evolução desmedida dos tempos. Ficou para trás, nas cartas dos nossos avós, numa corrida de três dias a pé para se ver um sorriso, na berma de um cruzeiro que atracava por dois dias, no esforço da conquista, nas mãos do carteiro, nos segundos que pareciam horas.
A minha geração reaprendeu a amar diferente, moldou-se à intensidade de um tempo que não tem tempo para amar, que vê passar os dias a um ritmo alucinante, onde o amor ocupa um lugar fugaz, mas presente.
Antes, o tempo era apertado, a esperança era o dobro da esperança média de vida e a ausência de tempo para se ser feliz, fazia com que se amasse uma vez e para sempre. E mesmo assim roubavam-se horas para um toque no rosto ou um abraço sentido.
Hoje, o amor está ali, no "chat", se não estiver num café está no outro e se não for hoje é na semana que vem. Não se conhece a essência, não se sabe de que matéria é feito e ainda nos damos ao luxo de não queremos amar, porque não queremos sofrer".
ver: texto integral